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TOP 10 crimes contra jornalistas

Hoje, dia 2 de novembro, é Dia Internacional para o fim da impunidade dos crimes contra jornalistas. Sabias da existência deste dia? Já alguma vez paraste para refletir sobre as atrocidades que são cometidas contra as pessoas que apenas tentam manter o mundo informado?



“Nos últimos 10 anos, pelo menos 881 jornalistas foram mortos em todo o mundo, pelo simples facto de terem dito a verdade. Só em 2019, até ao momento, já morreram 44 jornalistas. Quase 9 em cada 10 crimes ficaram impunes.”

10- Claudia Duque.


Claudia Julieta Duque é uma jornalista que trabalha como correspondente da Rádio Nizkor na Colômbia. Durante a sua carreira como jornalista investigou vários casos de grande visibilidade, incluindo alguns que envolviam questões de desaparecimento forçado, recrutamento forçado de crianças por grupos armados ilegais, o impacto da impunidade e o direito à justiça, e a infiltração de grupos paramilitares em agências governamentais.


A defensora dos direitos humanos tem sido alvo de assédio, ameaças e vigilância desde 2001, quando começou a investigar o assassinato do colega jornalista Jaime Garzón e descobriu que agentes do Departamento Administrativo de Segurança (DAS) estavam a tentar abafar o caso. Por razões de segurança, Claudia Julieta Duque foi forçada a deixar o país várias vezes.


Fonte: Front Line Defenders

9- Mina Karamitrou.


Karamitrou é uma repórter da edição grega da CNN. Em 2019, um dispositivo explosivo colocado sob o carro da jornalista fez com que o mesmo explodisse, no entanto, apesar do carro ter ficado completamente destruído, ninguém foi ferido.

“A segurança e o bem-estar dos jornalistas devem ser garantidos, e as medidas de proteção muitas vezes são essenciais para aqueles que cobrem crimes.”

Numa entrevista para o programa de TV "Good Morning Greece", Karamitrou disse acreditar que o ataque estava relacionado à cobertura do caso de Dimitris Koufodinas, que cumpre pena de prisão perpétua por assassinatos cometidos enquanto estava relacionado a um grupo anarquista.


A CNN Grécia condenou-o através de um comunicado, chamando-o de "um ataque a todo o mundo jornalístico".


Fonte: CPJ (Committee to Protect Jounalists)


8- Azimjon Askarov.


Azimjon Asqarov foi um ativista político do Quirguistão, que fundou o grupo Vozduh em 2002 para investigar a violência policial. Durante os confrontos étnicos do Quirguistão no Sul de 2010, que visavam principalmente pessoas de nacionalidade uzbeque, Askarov trabalhou para documentar a violência.


Posteriormente, Azimjon foi preso e processado sob a acusação de criar distúrbios em massa, incitação ao ódio étnico e cumplicidade em assassinato. Após um julgamento protestado por vários grupos internacionais de direitos humanos por irregularidades - incluindo alegada tortura e intimidação de testemunhas em tribunal pela polícia - Askarov foi condenado à prisão perpétua, que estava a cumprir. Em novembro de 2010, a saúde de Askarov estava-se a tornar cada vez mais debilitada devido ao seu confinamento.


Em 2015, os EUA conferiram o Prêmio Defensor dos Direitos Humanos de 2014 a Askarov. O governo do Quirguistão protestou contra essa decisão e rescindiu formalmente um acordo de cooperação de 1993 entre os EUA e o Quirguistão. Em 12 de julho de 2016, o Supremo Tribunal do Quirguistão revogou a sentença de prisão perpétua contra Askarov e enviou o seu caso ao Tribunal do Oblast de Chui para revisão. Azimjon foi condenado de novo a prisão perpétua a 24 de janeiro de 2017. Após as alterações no Código Penal do Quirguistão em 2017, que entrou em vigor em 2019, os advogados de Askarov solicitaram uma revisão de sua sentença. No entanto, o tribunal regional de Chui manteve a prisão perpétua de Askarov, tendo este acabado por morrer na prisão em julho deste ano.


Fonte: Wikipedia


7- Jesús Medina.


O jornalista venezuelano Jesus Medina, do portal Dólar Today, crítico do regime, esteve 16 meses detido numa prisão militar no sudoeste de Caracas. De acordo com decisão do tribunal, Medina não pode deixar o país e tem de se apresentar às autoridades uma vez por semana.

Ele foi libertado juntamente com outros prisioneiros políticos e, conforme destaca nota do VOA News, esta decisão é parte de uma estratégia mais ampla para marginalizar o líder da oposição Juan Guaido, que exigia a libertação dos presos.


Em agosto de 2018, Medina foi preso e acusado de lavagem de dinheiro, associação criminosa, incitação ao ódio e obtenção de lucro ilegal. Na época, Medina integrava um grupo de jornalistas que trabalhava num projeto de investigação num hospital em Caracas.


Em novembro de 2017, Medina desapareceu por 72 horas, e quando foi encontrado caminhava sozinho numa autoestrada apenas de roupa interior. Apresentava sinais de espancamento e afirmou ter sido torturado e ameaçado de morte. Ele e outros dois jornalistas teriam sido presos no início do mês depois de entrarem numa prisão para fazer uma reportagem.


Natalie Southwick, coordenadora de programas para a América Central e América do Sul do CPJ (Comitê para a Proteção do Jornalistas), afirma que “é imperdoável que as autoridades venezuelanas tenham mantido Jesús Medina preso por 16 meses sem um julgamento... As autoridades devem imediatamente retirar todas as acusações contra Medina e parar de prender jornalistas críticos”.


Fonte: TVI24 e Portal Imprensa


6- Mahmoud Hussein.


Mahmoud Hussein (nascido em 12 de dezembro de 1966) é um jornalista egípcio da Al Jazeera, que está detido numa prisão egípcia desde dezembro de 2016, sem acusações formais ou julgamento.


Hussein começou a sua carreira jornalística como editor de política, tonando-se posteriormente locutor da estação de rádio Voz dos Árabes no Cairo. Hussein entrou no escritório da Al Jazeera no Cairo como correspondente em 2010, depois de trabalhar como freelancer para a rede, no entanto, quando as autoridades egípcias fecharam o escritório em 2013, mudou-se para a sede da Al Jazeera em Doha para trabalhar como produtor de notícias.


A 20 de dezembro de 2016, Hussein foi preso imediatamente após a sua chegada ao Egito, durante uma visita com o objetivo de ver a sua família. Foi interrogado durante 14 horas sem a presença de um advogado, mas solto após isso, no entanto, acabou por ser preso pela segunda vez a 23 de dezembro de 2016.


Hussein foi acusado de "incitação de ódio contra instituições do Estado e difusão de notícias falsas com o objetivo de espalhar o caos". As acusações foram negadas por Hussein e pela Al Jazeera Media Network (AJMN), porém a mídia egípcia divulgou informações que detalhavam Hussein como terrorista e inimigo do Estado.


Hussein foi mantido na Prisão de segurança máxima de Tora, onde foi vítima de pressão física e psicológica. Foi também mantido em confinamento solitário nos primeiros três meses após a sua prisão, na qual teve um braço partido e a recusa de um tratamento médico adequado.


Em maio de 2019, um tribunal egípcio rejeitou uma ordem do promotor estadual para libertar Hussein. Em vez disso, as autoridades mantiveram Hussein na prisão, abrindo uma nova investigação sobre o mesmo, com acusações não especificadas.


O código penal egípcio estabelece um período máximo de prisão preventiva de 620 dias para indivíduos investigados por um crime, no entanto, Hussein atingiu 1.000 dias de detenção ilegal em setembro de 2019.


A Al Jazeera Media Network (AJMN) negou sistematicamente as acusações contra Hussein e pediu a sua libertação. Mostefa Souag, o Diretor Geral Interino da AJMN, chamou o caso de Hussein de "acusações infundadas e acusações forjadas". Ao milésimo dia da sua detenção ilegal, a Al Jazeera lançou um site de campanha em FreeMahmoudHussein.com.


A 3 de fevereiro de 2018, o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR) considerou a detenção de Hussein "arbitrária" e exigiu sua libertação imediata. O relatório do OHCHR concluiu que "não há base legal na lei egípcia" para a continuação da prisão preventiva de Hussein e chamou a atenção para a falha das autoridades egípcias em produzir provas justificáveis.


Apesar de tudo isto, até ao momento, Mahmoud Hussein continua preso.


Fonte: Wikipedia


5- Austin Tice.


Austin Bennett Tice (nascido a 11 de agosto de 1981) é um jornalista e veterano oficial da Marinha dos EUA que foi raptado enquanto fazia uma reportagem na Síria a 14 de agosto de 2012.


Austin foi um dos poucos jornalistas estrangeiros a reportar o que se passava da Síria durante a intensificação da guerra civil. Tice chegou ao país em maio de 2012 e viajou pelo centro da Síria, preenchendo despachos do campo de batalha, antes de chegar a Damasco no final de julho de 2012. Os relatos de Tice conquistaram 2.000 seguidores na sua conta do Twitter.


Tice foi um dos primeiros correspondentes americanos a testemunhar confrontos entre rebeldes sírios. A sua cobertura foi mencionada como contributo para que McClatchy ganhasse o Prêmio George Polk, de reportagem de guerra pela cobertura da guerra civil na Síria.


Quando Tice foi raptado em Darayya, na Síria, não houve notícias imediatas dos seus raptores, mas em setembro de 2012, um vídeo de 47 segundos do jornalista vendado e amarrado foi lançado.

Em outubro de 2012, um porta-voz dos EUA disse acreditar, com base nas informações limitadas de que dispunha, que Tice estava sob custódia do governo sírio.


Em abril de 2018, o FBI aumentou a recompensa por informações sobre o paradeiro de Tice para US $ 1.000.000, e duas autoridades americanas disseram acreditar que Tice tenha sobrevivido ao cativeiro.


Em agosto de 2018, um funcionário do Departamento de Estado dos EUA disse que o governo dos EUA ainda acredita que Tice esteja detido pelo governo. A respeito de uma reunião em agosto entre os EUA e autoridades de segurança da Síria em Damasco, duas fontes importantes da inteligência dos EUA disseram à Reuters que o "diálogo contínuo" com o governo sírio incluía o destino de Tice.


Em novembro de 2018, a Reuters relatou que Robert O’Brien, o Enviado Presidencial Especial dos EUA para Assuntos de Reféns, pediu à Rússia que "exerça qualquer influência que tenha na Síria" para garantir a libertação de Tice. O governo sírio disse que desconhecia o paradeiro de Tice.


Em dezembro de 2018, os pais de Tice anunciaram durante uma entrevista coletiva que teriam recebido novas informações que indicavam que o seu filho ainda estava vivo.


Fonte: Wikipedia


4- Azory Gwanda.


Azory Gwanda, era um jornalista que trabalhava na zona rural da Tanzânia, e que está desaparecido desde 21 de novembro de 2017. O governo tanzaniano não conseguiu realizar uma investigação confiável sobre o que teria acontecido e, rejeitou seu caso imediatamente.


Numa entrevista à BBC em junho de 2019, o ministro das Relações Exteriores da Tanzânia disse que o jornalista estava entre várias pessoas que “desapareceram e morreram”.


Posteriormente, o ministro emitiu um esclarecimento onde afirmava que as suas declarações foram tiradas de contexto, e que ele não sabia se o jornalista estava vivo ou morto.


Nos meses que anteriores ao seu desaparecimento, Gwanda estava a investigar casos de assassinatos misteriosos na sua comunidade. Suspeita-se, portanto, que esta terá sido a motivação ou a causa do seu desaparecimento.


Fonte: CPJ (Committee to Protect Jounalists)


3- Coreia do Norte condena à morte quatro jornalistas sul-coreanos.



Um tribunal da Coreia do Norte condenou à morte dois jornalistas sul-coreanos e os diretores dos jornais para os quais trabalhavam, por publicarem artigos sobre um livro britânico que aborda a vida no país asiático. O tribunal considerou que os quatro homens cometeram o crime de “insultar gravemente a dignidade” do país ao entrevistar os autores do livro, segundo informações da imprensa oficial norte-coreana. De acordo com os veículos de comunicação da Coreia do Sul, os jornalistas poderão ser executados a qualquer momento.


O Ministério de Unificação da Coreia do Sul condenou imediatamente a sentença emitida pelo tribunal do país vizinho, afirmando que Seul “tomará as medidas necessárias para garantir a segurança dos cidadãos sul-coreanos”.


“Os criminosos não têm direito a recorrer e a execução será realizada a qualquer momento e em qualquer local, sem procedimentos adicionais”, indicou um porta-voz do tribunal à agência de notícias sul-coreana Yonhap.


Os jornalistas britânicos que escreveram o livro são os correspondentes em Seul James Pearson, da agência de notícias britânica Reuters, e Daniel Tudor, da revista The Economist.


O livro, chamado North Korea Confidential (“Coreia do Norte Confidencial), baseia-se em entrevistas com fugitivos norte-coreanos, diplomatas e comerciantes, e retrata uma crescente economia de mercado na qual a população do país tem acesso a programas de televisão sul-coreanos, moda e filmes chineses ou norte-americanos introduzidos por contrabando.


Fonte: El País


2- Vladimir Herzog.


Em 1975 o jornalista Vladimir Herzog foi encontrado morto, com o pescoço amarrado a uma janela, nas instalações do Doi-Codi (Destacamento de Operações de Informação - Centro de Operações de Defesa Interna), em São Paulo. A sua morte deu origem a uma onda de protestos de toda a imprensa mundial e impulsionou o movimento pelo fim da ditadura militar brasileira.


Vladimir Herzog nasceu em 1937, no seio de uma família judaica. Os seus pais fugiram da Europa nos anos 40 indo para o Brasil, de modo a escapar do regime nazi.

Na década de 70, Vladimir tornou-se diretor do departamento de telejornalismo da TV Cultura e professor de jornalismo na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.

Como era ativista do Partido Comunista Brasileiro, Herzog virou alvo da ditadura brasileira, principalmente nos anos 70. Em 24 de outubro, apresentou-se ao Dio-Codi no quartel-general do II Exército, em São Paulo, para prestar declarações sobre as suas ligações com o Partido. No dia seguinte, foi encontrado morto, tendo o Serviço Nacional de Informações divulgado a informação de que Vladimir teria cometido suicídio. Segundo a Polícia Técnica de São Paulo, Herzog teria-se enforcado com o cinto do macacão que usava, amarrado a uma grade a 1,63 metro de altura. No entanto, o macacão dos prisioneiros do Doi-Codi não tinha cinto.


No processo foram anexadas fotos que mostravam que os pés do prisioneiro tocavam no chão, e que este estava com os joelhos dobrados, nessa posição, o enforcamento era impossível. Foi também constatada a existência de duas marcas no pescoço, típicas de estrangulamento.



Em 2013, a família de Herzog recebeu um novo atestado de óbito, substituindo a causa da morte, de “asfixia mecânica por enforcamento” para “lesões e maus tratos”. O caso só foi julgado na Corte Interamericana de Direitos Humanos em 2016, e a sentença só saiu 2018: o Estado brasileiro foi condenado devido à falta de investigação, julgamento e punição dos envolvidos no assassinato do jornalista.


Fonte: Bem Paraná


1- Guillermo Cano.


Guillermo Cano Isaza foi um jornalista colombiano que pertencia à terceira geração de jornalistas da família de Fidel Cano Gutiérrez, fundador do El Espectador. Após denunciar os crimes cometidos pelo Cartel de Medellín e o seu líder, Pablo Escobar, foi morto por 2 membros da organização que havia exposto.


O seu assassinato ocorreu em 1986, em frente aos escritórios do jornal no qual trabalhava. Presume-se que o ataque tenha sido motivado por uma campanha que Cano teria publicado, como forma de denunciar a influencia dos traficantes de droga na política do país.


Em outubro de 1995, quatro indivíduos (María Ofelia Saldarriaga, Pablo Enrique Zamora, Carlos Martínez Hernández e Luis Carlos Molina Yepes) foram considerados culpados por conspiração para o assassinato de Guillermo, sendo condenados a penas de 16 anos e 8 meses de prisão. No entanto, ao recorrerem, todas as condenações, exceto a de Molina, foram anuladas.


Fonte: Wikipedia

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